A contratação de Crédito Rural é uma etapa importante para a atividade no campo, pois permite que o produtor rural financie sua produção, invista em tecnologia e aumente a produtividade.
Neste artigo, você vai entender primeiramente como funciona o Plano Safra, o que a instituição financeira exige para liberar o crédito rural e posteriormente como a tecnologia pode ser uma aliada para ter organização e uma base contábil e financeira sólida para aumentar a chance de aprovação de crédito.
O que é o Plano Safra e como funciona o Crédito Rural
O Plano Safra é um programa do Governo Federal que financia o agronegócio, oferecendo linhas de crédito com juros subsidiados, prazos diferenciados e condições específicas para pequenos, médios e grandes produtores. O objetivo é estimular a produção rural, facilitar o acesso ao crédito e promover o desenvolvimento sustentável.
As linhas de crédito do Plano Safra atendem quatro finalidades principais:
- Custeio: despesas da produção como insumos e combustível;
- Investimento: aquisição de máquinas e melhorias na propriedade;
- Comercialização: apoio para estocagem, transporte e venda;
- Industrialização: crédito para processamento na propriedade ou cooperativas.
O programa atende produtores conforme seu faturamento anual:
- Pronaf: até R$ 360 mil;
- Pronamp: até R$ 1,76 milhão;
- Demais produtores: acima desse valor.
Entre os benefícios, destacam-se juros reduzidos, prazos estendidos, apoio à inovação e fortalecimento da agricultura familiar, impulsionando a produção e o desenvolvimento regional.
O que as instituições financeiras exigem para liberar o Crédito Rural
Antes de tudo, para contratar Crédito Rural pelo Plano Safra, o produtor precisa comprovar sua capacidade de pagamento e a saúde financeira da atividade rural. Por isso, os bancos e cooperativas de crédito exigem documentos claros, atualizados e confiáveis.
Entre os documentos solicitados estão:
- Declaração do ITR;
- Certificado de Cadastro de Imóvel Rural (CCIR);
- Cadastro Ambiental Rural (CAR);
- Livro Caixa ou LCDPR;
- Declaração de IR;
- Comprovantes de movimentações bancárias;
- Comprovações de renda e faturamento;
- Histórico de financiamentos anteriores (se houver).
Com base nesses documentos, a instituição financeira consegue avaliar o risco da operação. Quanto mais organizado o produtor estiver, maior a chance de aprovação.
Práticas que aumentam as chances de aprovação no crédito rural
Uma boa preparação começa com organização, planejamento e controle da gestão financeira e tributária. A seguir, veja algumas práticas que fazem a diferença na hora de solicitar o crédito:
Manter o Livro Caixa e LCDPR em dia
O LCDPR é uma obrigação acessória para quem tem faturamento acima de R$ 4,8 milhões na atividade rural, já o Livro Caixa analógico é obrigatório para produtores rurais com faturamento de R$ 56 mil até R$ 4,8 milhões.
Quando conciliados com extratos bancários, eles oferecem uma visão clara da movimentação financeira da atividade rural – o que ajuda na análise de risco do banco.
Controlar os financiamentos já existentes
É essencial que o produtor saiba exatamente quais compromissos financeiros já assumiu: quantas parcelas ainda restam, qual o valor dos juros e quando vencem. Esse controle mostra responsabilidade e reduz a percepção de risco da nova operação de crédito.
Planejar os tributos ao longo do ano
Saber quanto será pago em impostos e qual regime tributário é mais vantajoso ajuda o produtor a se organizar melhor e apresentar previsibilidade de fluxo de caixa.
Além disso, a regularidade com a Receita Federal e o pagamento correto dos tributos aumentam a credibilidade do produtor rural para o banco.
Separar as contas pessoais das contas da atividade rural
Esse é um erro comum: misturar contas e despesas pessoais com as da produção. Para efeito de análise, o banco precisa entender o desempenho da atividade rural isoladamente. Portanto, ter contas separadas e controles bem definidos facilita muito esse processo.
Como escolher a tecnologia certa para ajudar o produtor a contratar crédito com mais segurança?
Ao procurar o Crédito Rural, muitos produtores se preocupam apenas com o controle financeiro. Ter clareza sobre entradas, saídas, estoques e fluxo de caixa é muito importante, mas a gestão fiscal e tributária também é determinante na análise de crédito feita pelos bancos e instituições financeiras.
Afinal, não basta o produtor ter um bom controle financeiro se sua saúde fiscal não está em dia e organizada. Inconsistências no Livro Caixa Digital do Produtor Rural (LCDPR), falta de controle dos financiamentos ou apuração incorreta do Imposto de Renda podem comprometer o acesso ao crédito.
É por isso que a gestão fiscal e tributária é parte essencial da saúde do negócio rural. Ela garante transparência, segurança e confiabilidade, ajudando o produtor a demonstrar a real capacidade de pagamento, a rentabilidade da atividade e o cumprimento das obrigações legais. Ou seja, um bom controle fiscal fortalece a credibilidade do produtor diante das instituições financeiras.
Para isso, o contador que atende produtores rurais precisa contar com tecnologia específica para as obrigações fiscais rurais, buscando oferecer um serviço com estratégia e inteligência ao produtor.
Na hora de escolher contratar um sistema ou plataforma para a contabilidade rural, considere uma tecnologia desenvolvida especificamente para a realidade do agro contador e com atendimento à demandas específicas que a Agro Contabilidade exige.
Recursos como escrituração inteligente do Livro Caixa, conciliação bancária, controle de financiamentos, relatórios personalizáveis, automações de lançamentos e um app exclusivo para o produtor rural são essenciais para uma gestão fiscal eficiente da atividade rural. Eles ajudam a evitar erros comuns, dão mais segurança para o produtor e, como consequência, aumentam a confiança da instituição financeira na hora da análise de crédito.
Se tiver dúvidas ou quiser saber mais, solicite o contato de um especialista por aqui.
